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domingo, 1 de novembro de 2009

Quer ser famoso?




Nem bem termina um, começa outro. Vem aí mais um Big Brother Brasil. A disputa já movimenta internautas, levanta polêmica e desperta o desejo incontido de muitos em busca da riqueza, do poder e, principalmente das luzes da mídia e a malfadada fama.

Chega a ser desesperadora e incompreensível essa busca das pessoas pela fama ou popularidade. E, quando conseguem, alguns tentam inutilmente escapar ou esconder a “privacidade” dos holofotes, câmeras, repórteres sensacionalistas e programas fofoqueiros da televisão. Grande paradoxo da vida! Esconder e, ao mesmo tempo preservar, pois, afinal, chegaram “lá”.

Quando as luzes se apagam e os 15 minutos de fama vão embora, a luta é desigual para muitos desses “meteoritos”. Um exemplo disso é o ex-cantor Rafael Ilha, do grupo Polegar. Novamente na mídia com mais um de seus tristes dramas. As primeiras notícias dão conta que, depois de um desentendimento familiar, Rafael foi internado com um corte profundo no pescoço. O ex-Polegar responde, segundo informa o G1, “processos na justiça por tentativa de seqüestro, formação de quadrilha e usurpação de função pública”.

Um dos primeiros textos que apresentei no rádio, quando comecei, tinha a ver com a fama. Na verdade, um pensamento cujo autor, infelizmente, não lembro mais quem é. Porém, a essência da mensagem é esta: “A fama é um vapor, a popularidade um acidente, a riqueza tem asas; só uma coisa perdura: o caráter”.

Os fatos comprovam a sabedoria desse pensamento. Além de “ex-artistas”, pessoas “comuns”, guinadas repentinamente à fama, enfrentam sérios problemas – inclusive de saúde – quando voltam a “insignificância” do anonimato… Aí estão inclusos os ganhadores de prêmios e concursos badalados da televisão como “BBB”, “Aprendiz” e “No Limite”. Os primeiros vencedores são raramente lembrados ou reconhecidos. A popularidade – um acidente – rendeu fama que desapareceu como a névoa da manhã. Para muitos deles até a riqueza bateu asas e… nada sobrou!

Ainda mais assustador, porém, é quando você encontra entre os seguidores do cristianismo esse mesmo anseio. Dá dó. Esquecem a mensagem do Mestre que ensinou com palavras e exemplo que a verdadeira alegria está em servir. Em buscar primeiramente o reino de Deus. Em não fazer coisas com a intenção de ser “glorificado pelos homens”.

“Não toques trombeta diante de ti”, sugere o Salvador Jesus. “Não andeis ansiosos”, recomenda. Não “busque os lugares mais importantes” em detrimento dos demais nem as efusivas “saudações nas praças”.

Sublime o exemplo de João Batista. No auge da fama e popularidade foi preso. A atenção da mídia da época voltou-se para outro: Jesus. Humildemente aceitou a situação. “Importa que Ele cresça e eu diminua.” Foi premiado com um dos maiores elogios proferidos por Cristo: “Entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do João Batista”.

Lembremos sempre: a fama é um vapor, a popularidade um acidente, a riqueza tem asas; só uma coisa perdura: o caráter! Sim. O caráter. A única coisa que levaremos para a eternidade. Nada mais.

por AmiltonMenezes

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